A Long Way Gone: Memórias de um menino soldado (2007) é um livro de memórias escrito por Ishmael Beah , um autor de Serra Leoa. O livro é um relato em primeira mão do tempo de Beah como uma criança soldado durante a guerra civil na Serra Leoa (1990). Beah fugiu de sua aldeia com 12 anos de idade depois de ser atacado por rebeldes, e ele se separou para sempre de sua família imediata. Ele vagou pelo país cheio de guerra e foi forçado a se juntar a uma unidade do exército que o lavou o cérebro usando armas e drogas. Aos 13 anos, ele perpetuou e testemunhou muita violência. Aos 16 anos, porém, a UNICEF o retirou da unidade e colocou-o em um programa de reabilitação. Lá ele foi capaz de encontrar seu tio que iria adotá-lo. Com a ajuda de alguns dos funcionários, ele foi capaz de retornar a uma vida civil e sair drogas. Ele então teve a oportunidade de ensinar a outros sobre crianças-soldados. Ele viajou pelos Estados Unidos contando sua história.
Obs: O livro para download no final do texto é a versão em inglês.
Enredo
O livro começa em Janeiro de 1993, em Serra Leoa, quando Ishmael tinha 12 anos. Ele, seu irmão
mais velho e seus amigos deixam o vilarejo de Mogbweno, em Moyamba, onde nasceram, para participar de um show de talentos num vilarejo vizinho, que ficava a alguns dias de caminhada; Quando chegam lá, o grupo descobre que o seu vilarejo-natal foi atacado pela Frente Revolucionária Unida (RUF). A partir daquele momento, o grupo passa por um longo processo de fuga da guerra. São capturados por forças rebeldes enquanto tentam encontrar suas famílias. Eventualmente, Ishmael se separa do grupo durante um ataque, e após alguns dias de caminhadas solitárias, se reencontra com amigos de Mogbwemo, para continuar sua jornada de sobrevivência. Eles chegam ao vilarejo de Yele, no distrito de Bonthe, que tornou-se uma base militar do Exército de Serra Leoa.
É ali que Ishmael, seus companheiros e outros refugiados são forçados a se juntar ao exército, visto que o vilarejo estava cercado pela RUF. Estimulados por drogas, filmes de guerra, soldados experientes, desejo de vingança e violência, Ishmael e seus amigos tornam-se assassinos frios e combatem os soldados da RUF torturando-os, humilhando-os e executando-os sumariamente. Alguns anos mais tarde, em Janeiro de 1996, Ishamel e alguns de seus companheiros soldados são liberados do exército pela UNICEF, e levados a um campo de reabilitação em Freetown, capital da Serra Leoa. Contudo, as crianças apresentam um comportamento extremamente explosivo e frio, recusando a ajuda do pessoal da UNICEF, combatendo as crianças de exércitos inimigos e sofrendo com a crise de abstinência, fora os pesadelos dos tempos de guerra que as perseguem. Mesmo diante do temperamento de Ishmael, a enfermeira Esther passsa a se interessar pelo garoto. Através de conversas sobre sua infância e sua paixão pelo Hip-Hop, Ishmael começa a se libertar do passado que o persegue.
Após alguns meses, Ishmael é adotado por um de seus tios e passa a morar nos subúrbios de Freetown. Nesse meio-tempo, ele é escolhido para dar um discurso em Nova Iorque para a ONU, falando de suas experiências e os problemas de seu país. Ainda em Nova Iorque, ele conhece Laura Simms, uma contadora de histórias que adotaria ele no futuro.
Em 1998, Freetown é invadida por ambas a RUF e o exército do governo, causando a morte de vários civis. Seu tio também morre, mas por conta de uma doença, cuja cura foi dificultada pela indisponibilidade de farmácias e hospitais em funcionamento. Sozinho, Ishmael decide fugir do país através da fronteira com a Guiné, de onde ele volta para os Estados Unidos para sempre.
O autor Ishmael Beah foi premiado pelo Quill Award como melhor autor estreante. Lev Grossman, da revista Time, também colocou o livro na 3º colocação dos melhores livros de não-ficção de 2007.
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